quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Da linha à junção



(...) Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética.
Machado de Assis

Essa noite que passou, a Dna. Insônia apareceu outra vez (espero que isso não vire um hábito!) para me fazer companhia. Eu me recusei ficar me revirando na cama, com ela. Comecei a ler e depois de algumas páginas, me pareceu que o sono estava chegando, então deitei novamente e, nada. Levantei e decidi costurar. Exceto pelo fato de que eu não sei como costurar... ou melhor, não sabia. Uma distinta senhora, chamada Necessidade me ensinou. Ela não tem muita paciência e também não é muito divertida, mas é bem prática e seu método de ensino consiste em "aqui está o material, agora se vira". Bom, não que eu tenha pego um tecido e transformado ele numa peça de roupa (quisera eu!), eu apenas cerzi um furinho que se abriu no meu pijama quando eu tirei a etiqueta. Depois disso, o sono veio. E hoje eu acordei sabendo, segundo o dicionário, "emendar com arte e engenho".

2 comentários:

Gian Fabra disse...

conheço bem essas senhoras q a visitam, mas queria aprender a 'emendar com arte e engenho' só pra fazer q nem vc, transformar algo banal em algo tão bonito.
=)
beijo

a_girl_feeling disse...

Gian querido!! Tenta, que uma hora dá certo... é simple e é possível! heheh bjsss