segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Um final de semana, sobretudo, vermelho

No sábado, fui conferir o espetáculo Vermelhos - História e Paixão, no charmoso Theatro São Pedro, em comemoração ao Centenário do Sport Club Internacional.



Ver a história do INTER encenada foi não apenas, comovente, mas um orgulho. O clube do povo do Rio Grande do Sul tem uma trajetória digna e vigorosa, repleta de glórias. A montagem do espetáculo mescla passado e presente, envolvendo os torcedores/espectadores simultaneamente pela ousadia e ideal de Henrique Poppe e a vibração dos hinos e cenas da torcida!! Os atores são por inteiro sentimento e emoção. Se você é colorada(o) e apaixonada(o) pelo INTER como eu, e não pode conferir, fica o desejo de que seja aberta outra temporada, mais longa, no ano que vem. 

No domingo de manhã, me deixei levar pelas notas e acordes da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), celebrando os 75 anos UFRGS. Com exceção de Fascinação, tocada num solo belíssimo de piano, o programa seguiu apenas com trilhas sonoras de filmes, entre eles: West Side Story, Superman e Concerto Campestre. A regência do espirituoso maestro Manfredo Schmiedt, foi magnífica.



Mais tarde, assisti ao espetáculo Valsando, da Essência Cia de Dança. No palco, a poesia do corpo foi explicitada na dança, sob tecidos esvoaçantes, movimentos delicados e cores que envolviam a platéia, num círculo de luz. Com a elegância notória de um baile, os bailarinos pareciam flanar no palco, desenhando ondulações na melodia lírica. Coreografias matizadas e luminosas encheram o palco no embalo de canções maviosas. Nesse ballet, os bailarinos e bailarinas pareciam lançar no ar um cheiro de perfume a cada passo. Havia muita harmonia no palco e transbordou pra fora dele. Foi pura cintilância.



Em tempo: 
Penúltima rodada do Brasileirão, INTER 2 X 1 Sport. De virada é mais gostoso. Vamo Vamo INTER!!!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Coming soon

Ondine


“The film is a lyrical, modern fairy tale that tells the story of Syracuse (Farrell) an Irish fisherman whose life is transformed when he catches a beautiful and mysterious creature (Bachleda) in his nets. His daughter Annie (Barry) comes to believe that the woman is a magical creature, while Syracuse falls helplessly in love. However like all fairy tales, enchantment and darkness go hand in hand.”

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

The future is open wide

Altough this amazes me I can't say how "good" it really is. (Or how necessary, whatsoever!) Do we really need to have this much of control?



E agora, José?

terça-feira, 17 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Lucía y Luis

Hoje fui até o Cais do Porto pra conferir outras mostras da 7ª bienal do mercosul – Grito e Escuta.

A Mostra Absurdo foi a que mais me envolveu, o caminho a ser percorrido entre uma obra e outra é sobre a areia, já criando aí uma sensação física um pouco inusitada. Logo fui cercada por uma atmosfera bruxuleante e diversos ruídos. De repente, ao seguir caminhando começo a ouvir sussurros ininteligíveis e um tanto angustiantes, eles vinham do topo de uma escada! E coragem pra subir lá sozinha? Como desejei ter a mão de alguém, pra segurar a minha! Olhei para os lados, esperando por esse alguém pra subir comigo, mas vi que só poderia contar com a minha própria companhia. Subi. Degrau por degrau, já distinguindo um espanhol que sempre considero tão caliente, mas logo lembrei que espanhol também pode ser aterradoramente asustador como vivenciei alguns meses atrás no filme REC! Ao chegar no topo me deparei com uma sala escura e abafada. Adentrei. Valeu transpor toda a insegurança, vencer o coração disparado e descompassado, vejam o quão incrível são os vídeos em stop-motion exibidos em sequência:
(Fica com a luz acesa, ou não... quer dizer, você quer sentir calafrios?)




(Ah! Na exibição não tinha legenda, fica de presente pra vocês!!)

Quando desci as escadas, tinha uma menina com um olhar assustando e hesitante, ao lado dela estava um rapaz, que colocou a mão sobre seu ombro e disse decidido “vamos, vamos lá ver” e foi conduzindo-a escada acima. Tudo bem... vai... eu fique com a emoção!

Também gostei do vídeo “Cair em si”, que é exibido, singularmente, sobre a areia. Segue um trecho do mesmo. (O som que vocês vão ouvir, não corresponde ao da filmagem, cuja acústica era tranquila, repercutindo um gotejar. Esse barulho de vento e ondas é do vídeo ao lado. De certa forma, os sons se confundiam lá dentro, uma mistura, que até agora estou tentando entender se foi, de fato, positiva).



Esse post, foi só pra dar um gostinho, tem muito mais à surpreender e ser apreciado. Você tem até o dia 29/11 pra conferir!

Em tempo:
Matheus, meu primo querido, lembrei de ti, que há muitos anos atrás, mesmo tendo apenas duas mãos, deu um jeito de segurar as minhas, as da Lili e as da Amanda, naquela “mansão do terror” (ou talvez fomos nós que nos agarramos nos teus braços). E você ainda aguentou calado nossos gritos histéricos, (desculpa se quase te deixamos surdo por alguns minutos!) por dois andares assustadores. Acho que era da sua mão que tanto senti falta hoje.

sábado, 14 de novembro de 2009

4 fun!

Feira do livro, bienal, exposições, palestras, oficinas... Porto Alegre está esfuziante e badalada!

Deixo aqui o que mais me surpreendeu na bienal b e se você mora na capital gaúcha ou estiver de passagem por aqui, tem até domingo pra conferir:

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

To die for

Ele está mais lindo do que nunca, Thiago Lacerda, é sem sombra de dúvida o melhor de “viver a vida”. (Até mesmo o gato do Rodrigo Hilbert passa meio apagado, na presença do Thiago...) Eu tive que trazer o colírio, o deus grego da “novela as oito” pra dar uma banda por aqui! Is he human? Apreciem sem moderação!





P.S.: O Rodrigo fica de bonus! :D

sábado, 7 de novembro de 2009

Super cute

"Tão bom morrer de amor e continuar vivendo".
Mário Quintana

Soko, sweetest than ever! This song evokes in me feelings of desperate need, need to fall in love again. Yes, once again. And just for once, make it right… (And if I'm lucky, we'll fall in love again with eachother).

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Myself and life



Não sabia que ia perdê-lo, não sabia sequer que iria encontrá-lo.

Caio F. Abreu em “Os Dragões não Conhecem o paraíso”.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Das descobertas abarcadas...

“Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim.”

Caio F. Abreu

Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma.
Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também!
Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade!
Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também.
Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir.
Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo.
Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!
Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar.
Conheça a autora!



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Propaganda e Sociedade



Stalimir Vieira me ganhou no primeiro mês de faculdade quando li seu livro “Raciocínio criativo na publicidade”, cuja proposta era “pense ao contrário”. E para tanto, se deveria agir com paixão: “uma coisa que mexe com a gente, transformando-nos de meros espectadores, em agentes absolutamente envolvidos". Ou seja, "tira-nos da platéia e nos coloca no palco”. E afirmava ainda que “o problema é dotado do encanto de carregar, misteriosa, a própria solução”.

Anos depois, na minha pós-graduação em ciência do consumo, me deparo com um artigo dele na Revista da ESPM e ele volta a me surpreender, em defesa da propaganda e da liberdade. Saboreiem um trecho:

“O objetivo da publicidade é, sempre foi e será identificar vulnerabilidades sociais, morais e emocionais, com a intenção explícita de atuar sobre elas e alcançar seus objetivos. Nem sua maior razão de ser, nem seu maior poder de persuasão, nascem na condição de profissão ou ciência, presunção recentíssima, forjada apenas numa tentativa de classificar procedimentos, diante do acirramento da competição pelo mercado. Mas eram inatos em nossos ancestrais, mercadores e pregoeiros, desde sempre. Balidos de ovelhas, sinetes, traques, cores, aromas, perfumes, essências, gritos roucos... compunham, entre muitos outros apelos, o anúncio da chegada do vendedor, acontecimento aguardado com ansiedade nos povoados. E o ‘estado de graça’, gerado na comunhão do visível com o invisível, do real com o imaginário, seduzia e hipnotizava vilas inteiras... Ocasião em que o povo só tinha sentidos para aquilo que os aguçava, manipulado deliberadamente pelos negociantes. Uma festa. Uma festa inventada com o interesse de fazer lucro. Mulheres, homens e crianças, em escalas diferentes de percepção, comungando o sentimento de uma felicidade provocada por atitudes de sensibilização certeira sobre seus estados latentes de desejo. A excitação geral era alimentada permanentemente – a fumaça de um assado, o espargir de um perfume, o descortinar de um tecido, o brilho de um dourado – para que a predisposição para o consumo não arrefecesse em nenhum momento. Uma fórmula perfeita porque intuída por antigas sabedorias: ao termos despertado alguns aspectos de nossa natureza – a viciosa busca pelo prazer, por exemplo – vamos tratar de atendê-los, de um jeito ou de outro. E não haverá lei capaz de impedir a cumplicidade entra a carência gerada pelo pressentimento da falta de sentido da vida e a capacidade de nos iludirmos com a possibilidade de ela poder ser suprida ou disfarçada por prazeres que neutralizem nossas angústias. Tentar, portanto, domar a publicidade por meio de postulados moralistas, é como pretender manter a fumaça presa numa gaiola. A publicidade, como toda expressão filosófica, é inatingível e livre por natureza e, pelo mesmo motivo, não há maneira, sem ser cerceadora, ditatorial e violenta contra a condição humana, que possa tentar submetê-la a vocações coercitivas.”

É por isso que eu gosto tanto de publicidade e propaganda! E é de comunicadores como o Stalimir, que a gente, enquanto consumidores precisamos!