domingo, 29 de agosto de 2010

É Porto Alegre

Esse mês eu completei 25 anos de vida e um ano de Porto Alegre. Segui na trilha de um repertório em alta voltagem e sinto que ainda me faltam tantas coisas boas por fazer...

Porto Alegre é:

chuva
sol
passarinho verde na janela
domingo de redenção
colorida
desenhada
misteriosa
história esculpida
Internacional
cheia de pessoas queridas
e surpresas!

domingo, 22 de agosto de 2010

.apenas incrível.

                                               
Um filme com um enredo que poderia ser de qualquer um de nós se a vida fosse rodada em película, mas que consegue ser único e envolvente. Os diálogos tem cor e as imagens dançam na tela, no ritmo de uma melodia cintilante.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Let’s paint the town red

Essa expressão idiomática do inglês, em sua origem refere-se a um tipo de comportamento desordeiro, que acontece numa farra selvagem, resultando até em derramamento de sangue. O que me faz lembrar da lenda do Saci, criatura capaz de provocar um redemoinho que ninguém consegue atravessar e aparece para atazanar a vida de quem estiver pela frente.

E vermelho + saci me lembra que time bom não precisa vencer jogo decisivo pra ir pra final, porque ele já chega com vantagem (INTER 1 X 0 São Paulo). Não depende de juiz, é impulsionado pela garra e entrosamento da equipe. É São Paulo, esse é o INTERSENSACIONAL.

Para o primeiro jogo da final no México em 11/08, o INTERNACIONAL entrou em campo com jogador titular ausente e ainda assim a marcação do colorado era implacável. Quando saiu o primeiro gol do Chivas, a torcida se manteve inabalável, porque ninguém supera o INTER. A virada foi emocionante, o time garantiu o resultado com um homem a menos em campo. (Yeah... Tinga doesn’t always play by the rules). Nitroglicerina pura que se consumou em festa.

Ontem no Beira-Rio foi melhor ainda, o Gigante parecia um mar vermelho, agitado. E não podia ser diferente, o INTER chegou apavorando, e de novo de virada levou a melhor!!! O primeiro gooooool foi do Sóbis (meu favorito), pra virar entrou o Leandro e pra finalizar com chave de ouro, o Giuliano chegou com tudo! Bye-bye Chivas. A nação colorada festeja mais um título e eu que hoje comemoro meus 25 anos recebi meu melhor presente, ver meu time ser bicampeão da América de novo.

O vermelho não pára de tomar conta do mundo. Isso porque o colorado leva no coração muito mais que a preferência por um time de futebol, ele leva a raça para erguer um estádio onde antes havia rio, o poder de transformar o seu grito em energia para o time, a força para dar a volta por cima quando necessário, a grandeza de respeitar os adversários e a glória de superá-los, o orgulho de fazer tremular uma bandeira, a determinação para ganhar o mundo.

Atualmente, paint the town red é utilizada informalmente para fazer referência a pessoas que irão sair para apreciar a noite, frequentemente bebendo muito álcool, numa celebração. Eu proponho que além da farra, ela assuma literalmente a cor vermelha do coração dos colorados que vão ganhar as ruas e avenidas, pintando o Rio Grande do Sul e a América de vermelho, num grito de paixão e alegria!

What do you say? Let’s paint the town red?


INTERNACIONAL CAMPEÃO DA LIBERTADORES 2010. Rumo ao Mundial!

domingo, 15 de agosto de 2010

Do not analise

Mês passado eu me peguei "livre" dos livros técnicos da pós e me entreguei a narrativa de Fernando Sabino, em O Encontro Marcado, ele conta a trajetória de Eduardo. Deixo para vocês aquilo que mais me marcou: a urgência de viver e sentir-se vivo.

Embora determinado, Eduardo é figura demasiadamente deprimida. Em um de seus “bons” momentos faz um convite a Mauro, um de seus melhores amigos.

“(...) - Besta-Fera, está uma tarde belíssima. Vamos à Pampulha tomar uma cerveja.

- Você está doido? Não posso, de jeito nenhum.

- Não analisa não.

Era a palavra de ordem, espécie de lema que comandava o destino dos três, diante do qual nenhum obstáculo se sustinha. Acordo tácito, compromisso de honra: não analisar, porque do contrário surgiriam problemas, todos tinham seus problemas: esmiuçando motivos, prevendo consequências, nenhuma atitude seria possível, a vida perderia a graça. Tinham de viver em cada momento uma síntese de toda a existência, não analisar jamais! Mauro abandonou a sua pasta de remédios no meio-fio:

- Pronto, não tenho mais emprego, não tenho mais nada, sou apenas um coração solitário. Vamos.”

Os melhores e mais singulares momentos não surgem num impulso? De fato, nós é que complicamos.

“De tudo ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.”

Que tenhamos força e fé para seguir em frente.