domingo, 30 de setembro de 2012

Cromática

Exposição de Waltércio Caldas, na Casa França Brasil, está muito bacana. Em cartaz até 21/10.





Uma casa real moderna

Através da fotografia, é possível visualizar o trabalho de dez artistas plásticos contemporâneos encarregados da restauração do Palácio Real Dinamarquês de Frederik VIII, em Copenhague, onde vive com Mary atualmente, ambos herdeiros da coroa dinamarquesa. Além da irreverência do casal, há também uma mostra do cenário cultural, gastronômico, histórico e geográfico de Copenhague.





Mesmo deixando de lado o deslumbramento com o Palácio, ficou latente o desejo de conhecer Copenhague, me pareceu ser uma cidade capaz de revelar uma surpresa a cada esquina.

Olhar Tátil – Novos Sentidos da Fotografia Contemporânea

O que dizer daquele que com sua câmera/celular consegue capturar a beleza do dia-a-dia da vida contemporânea. Essa modernidade líquida, que passa tão despercebida tantas vezes, mas que se olharmos com mais atenção, encontraremos poesia. Sensibilidade e candura, foi o que vi no trabalho de Henrique Koifman.







Juntamente com outros onze fotógrafos, ele está em cartaz no Centro Cultural da Justiça Federal até 28/10.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Quase tudo: a never ending tour

O pintor Luiz Aquila enche de vida, de cores e de formas os salões do Paço Imperial. Uma exposição imperdível para quem está no Rio.



Outras exposições que acontecem simultâneas no Paço e vale a pena a conferir são: "Quem sou, de onde vim e para onde vou", de Roberto Magalhães e a instalação “Ver para olhar”, de Cristina Salgado.





sábado, 15 de setembro de 2012

Cascasa

O Parque Madureira ganhou uma escultara do brasileiro, Henrique Oliveira, conhecido internacionalmente. Trata-se de uma espécie de casa de madeira reaproveita, penetrável. O cheiro da madeira é uma constante, para atravessar a escultura é necessário se curvar. Nesse parque, onde antes havia uma favela, agora há uma "cascasa" de diferentes tons, retomando de um jeito poético as origens do lugar.





Eis o Projeto OiR, na zona norte do Rio.

Domo de Argila

Concebido pelo artista inglês Andy Goldsworth, através da "land art", o domo está programado para se desfazer com o tempo, uma de suas características mais marcantes é exatamente esta: a efemeridade. Incita o dialogo e ao mesmo tempo a disputa, entre a convivência do homem com a natureza. Dentro do domo, a precária iluminação te trasporta para uma caverna, um retorno as origens, remete também ao ninho de um passarinho, o joão-de-barro. O Projeto OiR, segue surpreendendo.



Obs.: Quando visitei, parte do teto já havia desmoronado.

sábado, 8 de setembro de 2012

Wonderlands

É uma mostra de fotografia contemporânea e está em cartaz no Centro Cultural da Justiça Federal. As imagens criadas por Marcio Freitas são fantásticas e narram  diferentes histórias. A composição de suas fotografias é impressionante e vanguardista.

Da série Restos de um carnaval - Horário Nobre

Da série Restos de um carnaval

Da série After Party

Da série Lírico

Mais sobre o Marcio Freitas e as histórias que ele fotografa aqui.

Labirinto de Vidro

Criado por Robert Morris, artista americano, para o Projeto OiR, está localizado no centro do Rio, na Cinelândia. Morris, que segue a linha minimalista, através desse labirinto triangular de vidros transparentes e cujo caminho é coberto por pequenas britas, proporciona aos passantes uma experiência interativa. Na cabala, o triângulo significa coração, então essa obra pode simbolizar também um encontro.





sexta-feira, 7 de setembro de 2012

The Radar


O Projeto OiR, "ouvir" em espanhol, trouxe a Praia do Diabo, no Arpoador, uma projeção audiovisual do artista japonês Ryoji Ikeda. As luzes, na escuridão da noite, refletidas na areia, o mar e os sons ininteligíveis criaram uma atmosfera misteriosa. Para mim, remeteram de certa forma ao final do filme de Lars von Trier, "Melancholia". 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Projeto OiR

Num de repente nos deparamos com uma enorme cabeça flutuante na Enseada de Botafogo. Ela faz parte do Projeto OiR (Rio ao contrário) ou Outras Ideias para o Rio, trata-se da criação de um museu a céu aberto em diferentes pontos da cidade.

A instalação "Olhar nos meus sonhos - Awilda" é do renomado artista espanhol Jaume Plensa. Num primeiro momento, me pareceu um monge budista meditando, porém depois verifiquei que Awilda é um nome feminino, de orgiem grega que significa indomável e selvagem. Plensa se inspirou em uma menina haitiana, cuja simetria do rosto expressava a beleza suprema. A ideia de colocá-la na água remete a uma mulher pirata de lendas nórdicas, também é possível associá-la a uma seria, mas aqui no Rio, impossível não ligá-la a Iemanjá.






terça-feira, 4 de setembro de 2012

E toda umidade que há no meio

"A artista Daniela Seixas reúne um conjunto de proposições capaz de fornecer um panorama insólito e fragmentado do mundo: uma atmosfera rarefeita; porém, na eminência da sua condensação". Uma exposição luminosa, eu diria.

Precipitação

Quando não olhamos

Postigo para a noite

Precipitação

Na Galeria de Arte Ibeu até 14/09.

Terra Fabricada

"Tenho em mim todos os sonhos do mundo".
Fernando Pessoa

Exposição de Bianca Bernardo, remetendo as dimensões de terra e mar. À passagem do tempo e a renovação dos ciclos da vida.





Assim como a sutileza das peças e toda a delicadeza na exposição das mesmas, é a artista. Na ocasião tive o prazer de conhecer a Bianca, uma pessoa iluminada, muito simpática, doce e cheia de vida. A visitação, na Galeria de Arte Ibeu, vai até 14/09. Confira!

domingo, 2 de setembro de 2012

A Gaivota

É um espetáculo emocionante, muito pela energia dos personagens, muito pelo texto entusiástico de Anton Tchekhov, um tanto pela criatividade da cenografia, e outro tanto pela estimulante sonoplastia.


"O meu pai e a mulher não querem nunca deixar-me vir. Dizem que há aqui um ambiente de boemia… Receiam que eu queira ser atriz. Mas eu estou sempre a desejar tanto, tanto, vir para a beira do lago… como se fosse uma gaivota. E o meu coração está tão cheio, tão cheio de si…"


"O céu, todo vermelho, a Lua começava a subir – eu a dar pressa ao cavalo, rápido,  muito rápido, o mais que podia".


"Sinto o coração desfeito. Ninguém, ninguém sabe o desespero em que eu estou. Estou apaixonada pelo Konstantin".


"Amo-o, amo-o ainda mais do que antes… Dá para um conto. Amo-o, amo-o apaixonadamente. Amo-o até ao desespero".


São tantos os desencontros amorosos, tantas as desilusões, o querer e a impossibilidade digladiando pelo mesmo espaço. O espectador se sente tão enfeitiçado por Nina, cheia de vida e apaixonada, querendo alçar voo como uma gaivota. Por outro lado, Masha tão deprimida, não passa despercebida com seu amor platônico por Konstantin. Assim, entre os demais personagens envoltos por seis mil girassóis, somos conduzidos pela indelével teia de conflitos existenciais de uma sociedade onde todos são vulneráveis.

Em cartaz, no Teatro Glaucio Gil até 01/10. Vale a pena conferir!