sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo


"Para ganhar um Ano Novo 
que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre".


Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Copie Conforme

Eu ando numa fase meio insensível (!) e tive a impressão de que Cópia Fiel seria um daqueles filmes europeus com tomadas longas, cenas paradas e subjetivas demais... Mas tive uma doce surpresa, o filme é magnífico. Se molda num enredo que poderia ser uma cópia de tantos outros, mas a montagem é de uma originalidade ávida! Subjetividade na medida certa e diálogos espirituosos que se constroem em três línguas diferentes: italiano, inglês e francês! A fotografia cálida, um pequeno vilarejo ao sudoeste da Toscana, enobrece as cenas.

Do que mais me marcou, fica a fala de uma senhora que "aconselha" a protagonista: "O ideal não existe. Seria verdadeiramente estúpido para nós (mulheres) ficarmos infelizes em nome de um ideal".

E um conselho de um senhor para o protagonista: "Acho que a única coisa que ela pede é  que você caminhe ao lado dela e coloque a mão no seu ombro. É só o que ela espera. Mas, para ela, é vital. (...) Todos os problemas poderiam ser apagados com um gesto simples. Faça esse gesto e liberte-se".

Talvez eu tenha pecado na tradução, pois essas falas são em italiano e francês respectivamente, aliás o inglês retrata as partes mais frias do filme!

Fica a dica de um super filme pra esse dia de chuva (ou para um de sol).


sábado, 24 de dezembro de 2011

Serendipitia



Lá onde o mundo não se divide pelo massacre da guerra
Lá onde as pessoas aceitam morrer um pouco para que as outras possam viver
Lá todos os dias é Natal
Autor Desconhecido

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Porto Alegre



Da melhor capital do país, eu vou lembrar de você assim: Aulas na ESPM, ruas movimentadas, avenidas incandescentes, nightlife intensa. Domingo de Redenção, sorvete no Parcão. Chuva cobrindo as calçadas, sol escaldante. Vento frio. Bus. Oi FM e Jovem Pan. Trabalho, trabalho, trabalho e trabalho. O seu quê europeu. Cinema no Bourbon Country, compras no Barra Shopping. Todas as baladas com as amigas, – Madras, Opinião, Free Rider’s, Cabaret, Beco, Café de la Musique, 72 NY, Dublin, Meat, Finland, Pink e claro e sempre a Casa do Lado - todos os tipos de restaurante, mais barzinhos. O melhor temaki no Mercado Público. Fotografias, histórias engraçadas. Candomblé, acarajé, diversidade. Liberdade, manifestações públicas. Pessoas interessantes, pessoas fascinantes. Grandes exposições no Santander Cultural, MARGS, CCMQ e o pôr do sol no Gás. O Gigante e o Guaíba. Peças de teatro, apresentações de dança. Livros e flores, perfume. O amor pela cultura gaúcha. Nunca pegar a estrada pro litoral. Passarinhos. O barulho quase incessante da "Johnny" ou seus raros momentos de silêncio. Bom Fim, Moinhos, Cidade Baixa e Menino Deus. Estrangeiros. A palavra "espetacular". A pensão, as gurias, as freiras. Uma cidade sempre linda e esfuziante, colorida.



domingo, 11 de dezembro de 2011

O desejo de "levar aos barcos que vagam no escuro a luz obstinada de um farol"

Para o encerramento do Porto Alegre em Cena e para a minha despedida da capital gaúcha, fui conferir o espetáculo Os Náufragos da Louca Esperança do renomado Théâtre du Solei. A peça que enche os olhos, traz muitos personagens passionais e sonhadores, que buscam através da arte, da cultura, do cinema, de suas conquistas, idealizar a França do pós-guerra. Juntos eles vivem esse sonho poético, político e artístico. 


Nessas horas é que me dói mais não falar francês. Mas teria machucado ainda mais, se eu falasse e tivesse que aguentar as traduções da narrativa em português.